Para começar, as descobertas (sempre inspiradoras) do dia...como vamos também falar de Rennes, lá está rolando a Bienal de Arte Contemporânea de Rennes. Um evento imperdível que se espalha por toda a cidade, e acessível a todos. Vamos dessa vez começar com a música do dia, Pas les Saisons, da francesa Mina Tindle. A última descoberta são as fotos do antigo fotojornalista da Paris Match, Walter Carone, aqui nessa seleção há fotos de artistas, ensaios de moda e de cenas parisienses e japonesas.
Agora entrando no assunto, falei para vocês como escolher o país e a cidade de intercâmbio. Reforçando, escolham a cidade não apenas por ser a mais óbvia, mas principalmente pela faculdade. A cidade depois vai se mostrar uma surpresa para vocês, como foi Rennes para mim, entre outras cidades para colegas meus. Principalmente quando é cidade universitária, não tem como ficar parado com tantas atividades culturais, como vocês podem ver no caso de Rennes e sua bienal, e vida noturna, principalmente barzinhos e festas estilo petit comité.
Aliás, escolher a França é sinônimo de vida cultural bem animada. Se você é fã de museus e exposições, é um dos países perfeitos para isso.
Exposição ao ar livre em Rennes |
Viagens de estudos estão presentes em todas as etapas de ensino - do ensino fundamental ao mestrado. No doutorado não tenho certeza se fazem ou não, sei que é recomendado, mas normalmente por conta do aluno mesmo. Nos outros casos, a escola/faculdade reembolsa uma parte da viagem, viagens internacionais. Eles costumam ir muito à Inglaterra, mas outros países, principalemente europeus, estão na lista também. Há viagens para outros continentes e viagens locais também. Às vezes eles fazem viagens locais para dar exemplos de aulas, levar à exposições ou a palestras. Eu fiz tanto viagem internacional quanto local no meu período de intercâmbio e de mestrado.
Viagem local à Orléans |
Na minha opinião o ideal é a pessoa ser independente. Isso quer dizer, ou ir completamente sozinha se aventurar numa cidade, ou procurar não ficar grudado nas pessoas que já conhecem ou que vêm de seu país. Essa é a maneira mais eficaz de se fazer amizades e de conhecer a cultura local, andando com locais. Vale também andar com estudantes de outros países diferentes e conhecer outras diversas culturas. Na França isso é possível pois há além de muita imigração, há muito intercâmbio e muito turismo também. Estudei com gente da China, do Japão, da Rússia, do Afeganistão, do Peru, do México, da Alemanha, da Espanha, do Uruguai, da República Tcheca, da Itália...entre outros. E também com brasileiras, e era bom vê-las e falar português sem ninguém entender, mas nada de ficar grudada, até porque elas já tinham seus grupos de amigos e até família na França, ou seja, tinham suas vidas.
Estudantes Erasmus |
Quanto aos estudos, a França é conhecida por sua excelência no ensino. Então não pensem que se vai por brincadeira - as matérias são puxadas. Até na minha faculdade no Brasil aconselharam não pegar muita matéria por semestre justamente para fazer bem poucas, pois "até se acostumar com o ensino deles, você já estará voltando", como eu ouvi. E é mais ou menos isso mesmo.
Quanto ao processo de seleção, foi local, ou seja, dentro da comissão de intercâmbio os três responsáveis na época fizeram entrevista em francês e português comigo, avaliaram meu portifólio e meu histórico escolar e comentaram ambos, em especial o histórico. Mas até mesmo hoje em dia o processo deve estar diferente dentro da própria faculdade, então imagina se você é de outra faculdade ou outro curso? Mais diferente ainda. O importante é ter o que mostrar, apresentar muita e genuína vontade de ir e pelo menos saber se virar na língua do país para onde se quer ir.
Quanto à vida noturna de um estudante intercambista, ou Erasmus como chamam na Europa, é bastante agitada. Festas de open house, já que os estudantes em sua maioria vão morar sozinhos ou dividir apartamento, reunioezinhas entre amigos, bares, bar de nuit, que é como eles chamam os bares com música, mas agitados mas não tanto quanto uma boate, além dos restaurantes, shows e festas. Geralmete o intercambista está aberto a tudo isso e sempre é chamado seja por pessoas locais, de seu país ou de outros países diferentes.
Me despeço agora de vocês com um novo post já em mente (ontem acordei com dois posts em mente, mas não tive tempo de efetivamente postar). À plus tard!
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