Antes de tudo, a escolha do lugar. Mesmo o país não pode ser uma escolha aleatória. Tem que ter uma questão de vontade e afinidade, seja cultural, seja com a língua...como vocês podem ver, pelo fato de eu ter um blog sobre a vida na França eu tenho uma grande aproximação com a país, que claro foi ficando mais forte conforme eu realmente me aproximava do lugar. Só comecei a realmente escrever sobre a vida na França depois de ter vivido lá, mas a paixão já é antiga, e começou por uma paixão pelo idioma lá pelos meus doze anos, quando eu comecei a aprender essa língua tão sonora.
Em alguns países é até obrigatória a proficiência na língua, como é o caso da Alemanha, da Inglaterra e dos Estados Unidos. Pelo menos era assim na época que eu fui, talvez dependa da faculdade. Mas, para conseguir bolsa, meus colegas tinham que ter um nível mais avançado para conseguir ir.
Lembrando que, quando eu fiz intercâmbio, no ano já distante de 2009, não existia Ciências sem Fronteiras. Ou melhor, segundo meu irmão, existia, mas tinha outro nome e não era tão divulgado. Sim, é verdade, se tentasse pela faculdade não pelo curso podia pedir uma bolsa, mas parecia algo mais difícil e mais distante e nem sei se todos os cursos podiam pedir.
Eu em Paris, numa visita com professores |
Hoje em dia tem essa facilidade de ser mais acessível a todos, com o aumento do número de faculdades e vagas. Mas também parece mais difícil de ingressar, pois a demanda aumenta.
Realmente tenho poucas informações sobre o Ciências sem Fronteiras para falar sobre, vendo que não estou mais na graduação. Então vou retornar ao que eu estava falando, sobre a escolha do local. Uma vez escolhido o país, seja pela língua, seja pela vontade de conhecê-lo, morar nele, seja por ter família, amigos lá, partimos para a escolha da cidade. No caso da França, qual o primeiro pensamento, ou único, de todos? Paris! É claro, como dizem amigos meus franceses que moram no Brasil, aqui só conhecemos Paris e a França se resume a isso. O que é uma pena, pois a França tem vários pólos de excelência em outras regiões. Além de ser linda e rica. A paisagem é exuberante, os costumes são um pouquinho diferentes, tem beem menos turistas e se conhece realmente o que é a França. Na capital o estilo de vida é diferente, mais agitado, mais cosmopolita, e não se conhece o jeito francês de se viver. Como assim, Paris não é na França? Claro, mas Paris é turística, é a capital, tem muita imigração. Eu costumo dizer que quando vou à Paris ouço de tudo, menos francês. Isso, passeando sozinha pelas ruas. Como tenho alguns amigos parisienses, ainda escuto entre eles. Mas é claro, Paris tem um charme todo próprio, então se você realmente quer ir para a capital, tente. E, se não for para estudar, não deixe de ir para conhecer.
Entre meus conhecidos, tem um que foi fazer intercâmbio em Engenharia em Troyes, uma cidadezinha pequeninha na região de Champagne.
Aula externa em Rennes |
Voltando a minha história, eu confesso que tentei Paris, justamente por só conhecer essa opção de cara. Não consegui a vaga e para o interior ainda estava aberto e, óbvio, tentei, afinal eu queria muito fazer o intercâmbio na França, era minha chance. Tinha conhecido no ano anterior um menino de Rennes, a cidade para onde fui, que me falou muito bem da região. As opções eram apenas Rennes e Toulouse. Muitos escolheriam Toulouse, por ser mais quente, mais perto do Mediterrâneo e ter uma cultura sulista. Eu preferi o norte justamente por todos os motivos contrários. Seria eu meio doidinha? rs Felizmente dependendo da faculdade ou do curso, há outras opções de cidade.
Então, se informem sobre outras cidades e regioes, e, principalmente, sobre a faculdade para a qual querem ir. Lembrem de ter uma segunda opção caso não sejam escolhidos.
Vou terminar o post por aqui, com a chanson du jour (música do dia), Bye bye, de BB Brunes, para você que vai partir em intercâmbio, bye bye, ou melhor...au revoir!
Nenhum comentário:
Postar um comentário